quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Fim dos descontos dos passes sociais: Velhos não têm direito a petição? Manifestação?


Oiço de muito bom grado, diga-se de passagem, propostas de manifestações, petições, e outras formas de revolta contra o fim dos descontos dos passes sociais dos estudantes, com particular incidência no passe Sub_23. Ok, muito bem...mas.... esperem lá, não cortam também nos descontos dos passes sociais dos idosos?

A esquerda parece ter-se esquecido que a questão dxs velhxs (sim, digo velhxs) também nos toca! São familiares, amigxs, que sofrem bastante com este corte. Se o isolamento é um problema gritante nesta faixa etária que dizer agora quando não há dinheiro para o passe social? Para passear ao menos, sair um pouco de casa porque os pés já não aguentam? Fica-se por casa. Com uma reforma mínima certamente não se paga ainda mais ou então a comida não vem para a mesa, o que já acontece a muitxs. A pobreza aumenta. E a esquerda não se bate por isto? Shame on us...

Sim, historicamente a questão dxs 'séniores' tem sido uma questão puxada pela direita. Mas não está na altura de nos preocuparmos com xs nossxs velhxs (e com isto também me refiro axs que não são só da nossa família) ? Esta é uma questão de esquerda! Passemos a história ao lado e comecemos a olhar para as pessoas e a defender os direitos das pessoas idosas!

Mi.

O mistério da crise bloquista e do monstro das bolachas



Porque ainda ninguém postou nada sobre isto aqui, passo a incluir o link sobre esta notícia que, todavia, ja não é notícia nenhuma, salientando a nota da Comissão Política do Bloco de Esquerda : http://www.esquerda.net/artigo/rupturafer-abandona-bloco-e-constitui-um-novo-partido

Poderia escrever um longo texto, pois poderia. Acho que já muitos se fizeram, e bons e quem tem visto os meus posts nos círculos sociais sabe, certamente, a minha posição sobre o assunto, pelo que gostaria de ver algunxs camaradas do Arsenal dos Inválidos a criar um texto que explorasse mais o assunto.

Muito se fala na falta de democracia interna do Bloco de Esquerda. Muitos até têm dito que tal coisa não existe, afinal consta-lhes que é uma espécie de personagem imaginária criada na mente de certxs militantes que não concordando com a maioria, se expressam inventando falhas na democracia interna do partido.

Quando estes rumores da falta de democracia começaram a tomar dimensões maiores, criou-se um espaço no site do Bloco de Esquerda para a entrega de textos críticos sobre o Bloco de Esquerda. Muitos o fizeram. Outros tantos, impressionados com tanta democratização dentro do partido, aplaudiram esta iniciativa, adicionando que, afinal, era a tão esperada prova dos 9 da existência da democracia interna. Saúdo a iniciativa, mas pergunto-me: É apenas através da entrega de textos críticos que se prova que um partido é democrático? E as outras provas? Ficaram-se pelo caminho? Já agora, afinal, o que é que aconteceu a esses textos?

Não gosto de desistir dos meus projectos à partida, mas sinto que cada vez mais o partido, ou melhor, orgãos da direcção, porque o partido somos todxs nós, se torna sectário, fechado, anti-democrático e viciado. Cada vez questiono mais o futuro do mesmo e a minha vontade de projectar e trabalhar para um partido assim. Miguel, questiono-te sobre qual a barreira que separa o lutar pelo partido de acabar por continuar nele e trabalhar pelo seu nome, acabando por compactuar com certas medidas que ele toma (ou pelo menos, ignorá-las de forma a continuar o trabalho em seu nome).

Abraços esquerdistas,
Mi.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cine-tracts nº23



Do tempo em que o cinema não calava nem consentia.

O direito a ser alguém



Por mais pequeno que seja um país, tem sempre tendência a querer afirmar a sua independência e soberania;
Há aqueles que o querem fazer mas não são um país, não são um Estado, não constituem algo reconhecido internacionalmente;
É esse o caso da Palestina! Um sítio onde nascem terroristas, para uns, um sítio que sofre do terrorismo internacional, para outros.
O que a Palestina sofre hoje, é um terrorismo encapotado chamado de "negociação"; é essa a forma que os EUA e Israel usam para prolongar a tristeza de um povo que não merece sofrer!
Logo em 1917, um ministro britânico disse: "O governo de sua majestade encara favoravelmente o estabelecimento de um lar nacional para o Povo Judeu...", ou seja, já em 1917 se apoiava a ocupação da palestina por parte de um povo de costumes, cultura e religião diferentes. A situação não faz sentido, nem fez sentido à época. Mas o que importa?
Qualquer indivíduo minimamente pensante, reconhece a falta de argumentos por parte de Israel, para ocupar território palestiniano; de facto, os representantes israelitas não tem mais argumentos paa justificar algo que não precisa de explicação.
Há décadas, um território foi ocupado indevidamente; um povo ficou sem casa, um povo foi reprimido, um povo foi julgado, um povo foi humilhado; Não há negociação possível! O mais justo que se podia fazer, era dar aos palestinianos aquilo que lhes pertence;
Há 2 dias, em plena discussão sobre o Estado palestiniano na sede da ONU, veio a público uma notícia que revelava a construcção agendada de quase 2.000 casas em território palestiniano, por parte do Estado de Israel;
A construcção dessas casas ainda não começou, mas com certeza que irá avançar, e será concluída. Não há "mão forte" por parte das instituições internacionais neste caso, nem sequer há "mão"! Não há culpados, não há crime, não há território palestiniano.
Ilusão, é pensar que todos os povos podem ter independência e soberania.
Há dias, ouvi o deputado europeu Paulo Rangel, do PSD, a dizer que a concepção de "Estado soberano" é muito bonita, mas não existe mais, nem deve existir.
Pois, parabéns! Deve existir, mas não existe!
Pensar que a Palestina vai ser um Estado como outro qualquer, é agora pura utopia, visto que basta a oposição de uma delegação na ONU para que tudo fique em "águas de bacalhau", os EUA votam contra, isso é certo.
De qualquer forma, não devemos perder a esperança de um dia ver uma Palestina com direitos, com o direito a ser alguém; uma Palestina com direito a ser tratada como deve ser.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

HOWL - estreou ontem

'Howl' ou 'Uivo', estreou ontem em dois cinemas em Portugal, (um em Lisboa, outro no Porto). Sobre a vida/juventude de Allen Ginsberg, com destaque para o momento do julgamento a que a editora que publicou o polémico Howl, foi sujeita, defendendo-se contra acusações de falta de valor literário, obscenidade barata e gratuita.

Trailer do filme:



Entrevista ao protagonista, James Franco: