"Está-se a recolher assinaturas na Internet uma petição que critica a escolha dos comentadores televisivos do PEC 3 “entre os que concordam e os que concordam, mas querem mais sangue” e exige “aos órgãos de comunicação social (...) que respeitem o pluralismo”.
Como podemos notar, as nossas Televisões foram invadidas por um discurso, da inevitabilidade, um que é preciso combater. Basta olhar para um qualquer programa, ou debate televisivo, e logo nos deparamos com a falta de pluralidade de opiniões enquanto ás receitas para sair da crise. A receita é apontada por todos os comentadores políticos como sendo a mesma. Temos de mudar isto. Dizer basta à falta de pluralismo e defender a nossa Democracia enquanto podemos! Promover o pluralismo é promover a democracia.
ASSINEM A PETIÇÃO!
Já rondam as 800 assinaturas!
Só uma coisa, por que é que os esquerdinos tao todos a favor do novo aeroporto,tgv,mais pontes no tejo? Ou ainda não repararam que os concursos vão todos para as mesmas empresas? Por que é que não preferem micro investimentos? Daqueles que favorecem o pequeno empresario, que estimula a economia etc... Ou ainda pensam que alguem vai usar o tgv, se é mais caro e mais lento que ir de aviao?
ResponderEliminarOs esquerdinos como eu, são exactamente a favor dos micro-investimentos e não das grandes obras.
ResponderEliminarMas nao quiseram adiar o tgv nem o aeroporto nem a ponte. Portugal na bancarrota que está(os esquerdinos nao vêm isso) nao tem dinheiro para essas obras faraónicas.
ResponderEliminarmicro investimentos não ficam para história. tgvs ficam. é isso que pensam as prostitutas politicas que temos...
ResponderEliminarnoutro aspecto realmente porem a cara de medina carreira que é o comentador mais agressivo com os politicos, um dos mais honestos a nivel intelectual como bode expiatório é so triste e faz-me pensar se algumas dessas prostitutas politicas não estarão por detras da petição..
Anónimo,prezo muito o Medina Carreira, mas a sua crítica infelizmente não tem muito de construtiva. Concordo com a crítica dele à classe política, mas não concordo com o conformismo dos ideais político-económicos dele. Nem eu, nem muitos dos portugueses.
ResponderEliminarMiguel, tens mais preconceitos em relação aos "esquerdinos" que divergências sérias. Grande parte dos esquerdinos são contra esses grandes investimentos e são pelos investimentos que trazem retorno rápido a curto prazo, pois estamos numa situação em que é necessário investimento público para relançar a economia e o poder de compra, e não é com o tgv que se faz isso.
Bloco contra suspensão do TGV, proposta pelo CDS
ResponderEliminarconferência de imprensa, Francisco Louçã anunciou que o Bloco de Esquerda está contra a proposta do CDS-PP e defendeu a necessidade de investimento público para enfrentar os problemas da economia nacional. "O projecto do CDS morreu, não tem coerência, viabilidade nem nenhuma resposta à economia nacional" declarou Louçã.
Nao quer acabar com o tgv.. isto ta no site do be..
Primeiro. Eu como todo o militante do B.E não tem de defender todas as propostas do partido, e pode discordar de algumas ou até muitas. Como o recente caso Manuel Alegre, há quem apoie mas há quem não apoie. Eu não discordo de que é necessário investimento público, discordo é que o tgv seja um bom investimento público para este momento, podes também ir ao site do b.e e veres lá a proposta "reabilitação urbana".
ResponderEliminarEssa versa sobre os micro-investimentos.
estes esquerdinos precisavam realmente de umas aulas de economia. estes pseudo socialistas keynesianos precisavam de analisar a bela merda que fizeram nos ultimos anos, e incluo neste pacote o psd, porque não deixa de ser socialista...
ResponderEliminarprimeiro continuam a acreditar q a maneira de combater o desemprego é com obras publicas criando empregos temporários e empregos artificiais que não seriam necessários.
defendem investimento publico com o argumento de que o privado nao investe, no entanto criam todas as dificuldades e mais algumas para os privados deixarem de investir.
o que eles querem é gastar dinheiro dos contribuintes em obras faraonicas. nenhum politica deixou de fazer isso nem acredito que deixe de fazer.
continuem a roubar dinheiro dos contribuintes que é o que fazem melhor.
p.s. sobre o keynes era bom analisar o que afirmou, embora nao tenha escrito sobre o que os seus seguidores estavam a fazer, principalmente em relação à inflação. de certeza q keynes não apoiaria muitas das medidas keynesianas adoptadas...
Meu caro, eu não sou keynesiano, apesar de preferir estes de longe aos neo-liberais.
ResponderEliminarFoi sobre a égide da social-democracia de um keynesianismo forte que se atingiram resultados muito bons em termos de qualidade de vida, instrução, esperança média de vida, cidadania, igualdade e ect.
Os mercados devem ser fortemente regulados, eu sou pela diminuição dos impostos ao trabalhador, porque sou a favor dos impostos sobre as mais valias bolsistas, as transações financeiras, sou pelo fim dos paraísos fiscais e pela nacionalização dos sectores estratégicos.
Com a nacionalização dos sectores estratégicos da nossa economia e com um uma máquina fiscal que vá buscar mais receitas aos rendimentos do capital, o trabalhador comum terá uma responsabilidade fiscal menor.
Quero de já saber quais são as tuas propostas? E em que escola económica te revês se te revês em alguma? Que medidas, que estratégia, que paradigma de desenvolvimento?
ResponderEliminarsou do oposto do seu. acredito que politica e economia devem andar separadas. portanto sou um defensor do mercado livre. sou um defensor da liberdade individual perante qualquer tirania. e tu o que és? és um comunista contemporaneo? és um demagogo com ideias sobre tudo? és um neo socialista que não é keynesiano mas que não faz ideia o que isto é? ou és um burgues que gosta de defender os pobres?sabes o que és sequer, ou és só da retórica?
ResponderEliminar"Foi sobre a égide da social-democracia de um keynesianismo forte que se atingiram resultados muito bons em termos de qualidade de vida, instrução, esperança média de vida, cidadania, igualdade e ect."
tirando talvez os países nórdicos que correspondem a um caso especial, mas que agora está a sofrer as consequências, os maiores avanços económicos registados e o maior desenvolvimento registado foi durante os estados unidos durante o séc XIX. não ha outro registo de avanços tão grandes.
e foi a partir da iniciativa privada que foi possivel chegar a grandes avanços cientificos. o campos da medicina que mais avançou nos últimos anos foi a cirurgia plástica, que é o campo com menos intervenção do estado. Nenhum programa politico originou um desenvolvimento cientifico significativo. outra coisa, e especificamente no caso do cancro, é a intervenção do estado que muitas vezes faz com que a ciencia não evolua tão rapidamente.
porque é que os mercados devem ser fortemente regulados? porque devem os politicos que mtas vezes não percebem nada de economia interferir na vida das pessoas? sabes qual é a maioria das empresas em portugal? são pequenas e médias empresas, que representam mais de 90%. sabes quanto custa começar uma empresa do inicio? sabes a burocracia e os impostos que têm de pagar? porque não defendes as pessoas que querem abrir um café, um cabeleireiro, porque não defendes o direito de uma pessoa ser independente? porque só falas de trabalhadores no abstracto? porque queres que os trabalhadores sejam trabalhadores toda a vida? porque é que as pessoas não podem enriquecer? evolui um bocadinho! põe alguns exemplos do que falas no teu discurso. nada mais és que um puto que pensa que sabe o que é bom para as pessoas. as pessoas devem ter responsabilidade e liberdade. não precisam de outras pessoas que lhe digam o que fazer, muito menos vindo de pessoas que não têm o mínimo de pudor em roubar dinheiro daqueles que trabalham.
Bem, pegando na parte minimamente interessante.
ResponderEliminarNa minha perspectiva, é uma utopia conseguir uma real separação entre o poder político e o económico. Porque um precisa do outro. Poder político é igual a poder económico e vice-versa, é hoje assim e sempre será. Quem tem recursos tem mais facilidade em impor a sua lei, o seu regimen face aos que menos têm.
Por isso defendo a subordinação do poder económico ao político, porque este último tem a característica de poder ser democraticamente eleito, e assim exerce uma autoridade quanto a mim mais legítima.
Como Democrata que sou, acredito que a democracia começa na política e acaba na economia. Sou a favor da democracia no trabalho.
Sou a favor da descentralização dos serviços públicos. Sou contra as pequenas e médias empresas pagarem 25% de irc e os bancos pagarem 4%, acho isto injusto.
Sou pelos pequenos e micro-empresários, e o auto-emprego. Sou a favor dos sectores estratégicos serem nacionais, para estes servirem de apoio à economia, a essas mesmas empresas que muitas vezes são o alvo mais fácil do grupos económicos.
Sou a favor do Ensino público gratuito, saúde gratuita, transportes tendencialmente gratuitos, e de uma forte protecção laboral.
Sou a favor de uma política industrial que favoreça por meios fiscais as empresas que acrescentam algo de mais-valia à nossa economia, aquelas mais viradas para a exportação, que dêem emprego e boa protecção laboral.
Sou pela penalização das empresas parasitárias, monopolistas, que não arriscam e que não acrescentam nada de novo para a economia.
Sou a favor de um economia social, que consista na associação livre de produtores. Ou seja associações de agricultores, artistas, carpinteiros, juristas, médicos ect. em que são democraticamente geridas, uma pessoa um voto, com estatutos próprios.
Penso que a remuneração deve ser equivalente ao trabalho realizado. Penso que devem ser combatidas todas as formas de grandes rendas obtidas através de grandes heranças, grandes propriedade.
Um economia que evolua no sentido, quem trabalha é que ganha, quem não trabalha não ganha.
Uma sociedade em que se valorize a cidadania, o ambiente, o trabalho, a liberdade e a igualdade humana.
"e especificamente no caso do cancro, é a intervenção do estado que muitas vezes faz com que a ciencia não evolua tão rapidamente"
Aqui estás a falar para fora de pé. Esta é uma zona por onde não te deverias meter, porque pela força do acaso, conheço um investigador/médico do IPO que é radicalmente contra os privados e que nem é pela política (ele não é de esquerda), diz ele que é pela ética.
Conheço algumas da pessoas que lá estiveram em cuidados médico à beira da morte, que não tinham maneira de recorrer a privados. Sei portanto, o que é a investigação no IPO, e sei a forma profissional como trabalham e salvam milhares vidas, deves visitar, aliás todos nós deveríamos. Isto são casos concretos.
"nada mais és que um puto que pensa que sabe o que é bom para as pessoas."
E tu sabe? Nem eu, nem tu.
Isso ninguém sabe. Só as próprias é que o sabem. Limito-me a tentar ajudar com a minha opinião, só isso.
O que é bom para as pessoas, não sabes tu, não sabe ele, não sabe o outro, nem eu.
Cada um tem a sua perspectiva e opinião. Como tu tens a tua, deves deixar que eu tenha a minha, e que possa acreditar no que acho que é melhor para as pessoas, como eu te deixo.
Aqui não há donos da verdade, ou, do bom caminho. Tu não és mais que as pessoas para dizeres que és o dono da verdade social. Nem tu, nem eu. Um pouco de humildade, e mais esforço ,ou, clareza na escrita, fazia bem à pessoa e ao exercício do português.
Hoje em dia já não se demora tanto tempo, e não é assim tanta a burocracia, para legalizar uma empresa. O patrão para a qual eu trabalho, colaboro, e tenho algumas responsabilidades na direcção. Legalizou a empresa em menos de uma semana.
Meu amigo, eu abordei isto no final do texto por uma questão de prioridade.
ResponderEliminarHá quem goste do confronto de palavras e argumentos, mas também há quem goste do insulto mesquinho e das falácias ad hominem. Este ultimo é certamente a tua patologia intelectual no confronto de ideias.
"és um demagogo com ideias sobre tudo?"
Este lixo intelectual, se podemos assim afirmar, deixei para último, porque isto realmente é insulto gratuito e mesquinho.
"nada mais és que um puto que pensa que sabe o que é bom para as pessoas."
São estas coisas que são desnecessárias, e mostram a baixeza do debate, que se gosta de realizar por uma mesquinhez e por uma tentativa de insulto falhada, e não por argumentos, perceber o oponente, e confrontar opiniões de parte-a-parte.
"ou és um burgues que gosta de defender os pobres? sabes o que és sequer, ou és só da retórica?"
É triste, é por estas e por outras que isto está como está. Esta tristeza sintáctica, esta amargura de conteúdo, esta mesquinhez e infantilidade, com travo a cusquice, e varinice,(neologismo)são as características de alguém que não aprendeu a debater. E se não aprendeu até agora, ainda conseguirá aprender? Quem nasce torto, pouco ou quase nunca se endireita. Resta-me desejar boa sorte, e as melhoras no português.
estes são as tuas ideias do que pude interpretar do que disseste:
ResponderEliminar1 -acreditas na impossibilidade de algo bastante plausivel e perfeitamente lógico que é a economia não existir sem o poder politico e que existe de em certa medida nalguns paises (Hong Kong p ex) e que existiu nos estados unidos no sec XIX.
2-defendes a subordinação do ser humano às decisões de poder eleito por um numero maioritário de pessoas. ou seja acreditas que a elite a quem vai ser dada o poder, tem o direito de intrometer-se na tua vida e decidir o que é melhor para ti.
3- consideras que roubando dinheiro aos trabalhadores consegues como por magia criar ensino gratuito, saude gratuita, transportes gratuitos.
4- consideras que toda a gente deve ter acesso aos serviços acima referidos mesmo que tenha capacidades para pagar.
5-acreditas que o estado deve conferir privilégios a empresas que os politicos que estiverem no poder considerem estar a fazer um bom trabalho.
6- em contrapartida, o estado deve prejudicar as empresas que considera más e tambem os monópolios (só não percebi se aqui incluis os monópolios do governo, porque assim o estado estaria a prejudicar-se a si próprio)
7- és a favor de associações livres, desde que elas não sejam livres e que correspondam à vontade de uma maioria. ou seja não concedes a liberdade de não pertencer a uma associação? e que só não deveriam ser associações livres, mas que tambem deveriam ter nelas mesma um sistema democrático porque achas que isso é o melhor. ou seja um agricultor artista teria que responder a 3 formas de governo. será que numa orgia também deveria existir uma associação democrática?
8- és contra o enriquecimento das pessoas. e tens a capacidade de quantificar o trabalho de uma pessoa em euros. jogadores de futebol deviam todos ganhar o mesmo porque trabalham todos o mesmo, não há razão para um ganhar mais que o outro. os jogadores do torreense devem ganhar o mesmo que o cristiano ronaldo, ou vice versa
9- pessoas desempregadas não devem ter direito a subsídios, porque "quem trabalha é que ganha, quem não trabalha não ganha." outro exemplo pessoas que enriquecem por exemplo em torneios de poquer deve-se tirar-lhe o dinheiro porque não trabalhou o que ganhou?
10- és contra a liberdade pessoal em detrimento da igualdade forçada de milhões de individuos diferente uns dos outros.
11- eu não sei nada sobre cancro. e tu tens um amigo no IPO que por acaso não curte nada privados e nem sequer é de esquerda.
12- tu sabes o que é o melhor para as pessoas, embora afirmes que não sabes o que é melhor para as pessoas.
13- o teu patrão legalizou uma empresa numa semana portanto já não há tantos papéis como antigamente.
14- eu sou um otário e a minha falta de clareza na escrita e falta de bons argumentos assim como um pouco de amargura, mesquinhez e infantilidade com travo a cusquice e varinice, impedem-me de me endireitar.
boa sorte camarada! que as tuas ideias nunca vinguem pela saúde de todos nós, embora a ultima até seja capaz de ser verdade.
so uma adenda em relação ao cancro, nada tenho contra o ipo, em especial o do porto que é um caso de excepcional profissionalismo, e provavelmente o melhor hospital do pais. no exemplo que referi pensei no caso americano em que estudos mostram beneficios da marijuana no tratamento de doentes com cancro e da maneira como certas leis impedem o avanço do estudo do cancro.
ResponderEliminarsó mais uma coisa, tenta responder ao conteúdo e não à forma, não utilizes a forma como ataque ao conteúdo e por ultimo não respondas ao conteúdo com enumeração de crenças
ResponderEliminar"acreditas na impossibilidade de algo bastante plausivel e perfeitamente lógico que é a economia não existir sem o poder politico e que existe de em certa medida nalguns paises (Hong Kong p ex) e que existiu nos estados unidos no sec XIX. "
ResponderEliminarAcho, porque tem sempre que existir um ordenamento jurídico que comande as actividades humanas. Uma economia e sociedade onde são os mercados e os grupos económico o legislador, a poder político funde-se totalmente com o económico, mas ele não desaparece.
Em Hong kong existe poder político, porque existe ordenamento jurídico, quem constrói o ordenamento jurídico de um determinado território é o poder político. Ou seja, existindo direito, existindo normas jurídicas, que regulamentam bens e pessoas, existe poder político. Ou encontras alguma sociedade em que não existam normas jurídicas?
"ou seja não concedes a liberdade de não pertencer a uma associação?"
Inferência lógica errada, concedo sim, acho que o auto-emprego é muito legitimo, ou seja, o emprego individual.
"que só não deveriam ser associações livres, mas que tambem deveriam ter nelas mesma um sistema democrático porque achas que isso é o melhor."
Associações livres, têm de ser democrática, só assim são livres, de outra maneira é a lei do mais forte, a lei da selva.
"ou seja acreditas que a elite a quem vai ser dada o poder, tem o direito de intrometer-se na tua vida e decidir o que é melhor para ti."
Acredito que só a democratização é que tira poder às elites sejam elas económicas ou políticas.
E que todo o individuo tem direito a defender os seus direitos e interesses. Mas os seus interesses sociais, princípios e visões da sociedade não se podem sobrepor aos dos outros, e aqui só a democracia e a lei são os que podem garantir que tal não aconteça, a lei da selva, a lei do mais forte.
O mercado é que cria elites, o Estado hierarquizado e sem controlo e falta de instrumentos de controlo público é que criam elites. É a falta de democracia, e de instrumentos democráticos, que criam elites.
"será que numa orgia também deveria existir uma associação democrática?"
Se assim o decidissem, porque não? Tocaste num assunto interessante.
"és contra o enriquecimento das pessoas."
Outra inferência lógica errada e pouco honesta.
Sou a favor do enriquecimento sim, mas do enriquecimento pelo trabalho material ou imaterial. Sou contra qualquer tipo de enriquecimento que não seja justificado através do trabalho esse deve ser altamente taxado.
"e tens a capacidade de quantificar o trabalho de uma pessoa em euros."
Ninguém tem, mas existem aproximações de quantificação, e esse é um tema que gostaria de abordar mais tarde consigo. Dois carpinteiros que fazem cadeiras na mesma empresa. Cadeiras iguais, o que trabalha mais, e logo produz mais cadeiras deve ter direito a receber uma remuneração maior do que aquele que produziu menos.
"jogadores de futebol deviam todos ganhar o mesmo porque trabalham todos o mesmo, não há razão para um ganhar mais que o outro. os jogadores do torreense devem ganhar o mesmo que o cristiano ronaldo, ou vice versa"
Os salários dos jogadores de football, a maior parte deles não tem haver tanto com a técnica mas sim com a propaganda e o marketing em volta de tal jogador.
Mas em todos os casos, alguém que aplique o conhecimento melhor, ou o trabalho, tem direito a receber mais do que quem não o aplica tão bem.
Parte II, (o texto era tão grande que não conseguia ser publicado num só comment)
ResponderEliminar"consideras que roubando dinheiro aos trabalhadores consegues como por magia criar ensino gratuito, saude gratuita, transportes gratuitos."
Não por magia nem roubo, mas sim por impostos legais e investimento público.
"consideras que toda a gente deve ter acesso aos serviços acima referidos mesmo que tenha capacidades para pagar." os pontos 5 e 6, também interpretaste bem na generalidade.
Exacto, algo que inferiste bem. Todo o ser humano deve ter acesso aos cuidados de saúde, seja ele multimilionário, seja ele pobre.
"pessoas desempregadas não devem ter direito a subsídios, porque "quem trabalha é que ganha, quem não trabalha não ganha."
Boa questão. Essas pessoas, as que não podem trabalhar por causa da inexistência de postos trabalho teriam subsídios de desemprego, porque essas não têm meios nem condições para trabalhar. É legítimo o rendimento.
"outro exemplo pessoas que enriquecem por exemplo em torneios de poquer deve-se tirar-lhe o dinheiro porque não trabalhou o que ganhou?"
Essas pessoas devem ser taxadas e incluídas na segurança social. Eu não digo que as pessoas que não ganhem rendimentos pelo trabalho devem ficar totalmente sem este rendimento, acho que este deve ser altamente taxado, mas não abolido.
"és contra a liberdade pessoal em detrimento da igualdade forçada de milhões de individuos diferente uns dos outros."
Sou a favor da liberdade pessoal, e entendo que esta só se poderá conservar em democracia e numa sociedade democrática, pluralista e participativa. É óbvio que a democracia não regulamenta tudo. Penso é que a lei da selva, a lei do mais forte, essa sim é que é contra a liberdade pessoal dos mais fracos. A democracia é uma maneira de equilibrar as liberdades entre todos. A liberdade do tirano é a opressão dos escravos!
"tu sabes o que é o melhor para as pessoas, embora afirmes que não sabes o que é melhor para as pessoas."
Obrigado por achar que a minha opinião é a correcta, só tenho que agradecer o apoio.
"eu sou um otário e a minha falta de clareza na escrita e falta de bons argumentos"
Não disse que o senhor era um "otário", reveja as minhas palavras.
"boa sorte camarada! que as tuas ideias nunca vinguem pela saúde de todos nós"
Eu desejo-te sorte, mas desejo que vás longe com as tuas ideias se elas forem realmente positivas para a sociedade, e se ela assim as quiser.
sinceramente não percebo o primeiro argumento. misturas economia com politica e com justiça. não consigo ver o que tentas afirmar. se calhar até vejo mas prefiro passar isso...
ResponderEliminarde resto argumentas numa ideia de equidade social mais ou menos comum. creio que não afirmas aquilo que realmente acreditas e que já afirmaste antes. porque o que afirmas é basicamente o que existe actualmente. e por fim a tua ideia de liberdade é no meu entender errada. simplesmente acreditas que a liberdade vai causar tirania sobre os pobrezinhos. mas a pior tirania é aquela que tem o poder total cujo poder é atribuído através de uma maioria. mas pronto, creio que não vamos sair daí, eu certamente não vou mudar de opinião nesse ponto.
claramente discordo do que afirmas sobretudo por duas razões: uma de principio e uma pragmática.
de principio porque sou contra qualquer tipo de coerção, e os impostos são nada mais que isso, tal como qualquer decisão do estado referente às nossas vidas.
e pragmática porque analisando os serviços públicos, estes perdem quase sempre para os privados, prejudicam as pessoas mais pobres, e tornam-se impraticaveis de sustentar sem se aumentar impostos, tal é a situação que vivemos agora.
a ideia de toda a gente mesmo sendo milionária tem direito a serviços "gratuitos" é assustadora.
conhecendo a situação da educação actual faz um pequeno exercício: imagina que não existem escolas públicas (tem calma nao te assustes) e que o estado em vez de oferecer um serviço universal, oferecia bolsa aos alunos que não tinham condições para pagar os estudos. só os carenciados teriam direito à ajuda do estado. que aconteceria? os alunos frequentariam escolas privadas, em que existiria uma maior liberdade de escolha, saberiam o custo real da educação, e os professores seriam recompensados pelo seu mérito, e o despesismo que acontece em qualquer instituição pública não aconteceria. As pessoas pagariam menos impostos e existiria uma maior certeza da qualidade do ensino, assim como seria mais fácil identificar os maus serviços. Sei que o raciocínio está bastante simples e talvez até simplista, mas creio que dá para ter uma ideia. Não acreditas que o sistema funcionaria melhor? Agradecia sinceramente uma resposta neste assunto
"de principio porque sou contra qualquer tipo de coerção, e os impostos são nada mais que isso, tal como qualquer decisão do estado referente às nossas vidas."
ResponderEliminarA coerção sempre existirá num mundo de homens. Poderá existir em variados graus, numas sociedades poderá existir menos, noutras mais, mas nunca será abolida a coerção, infelizmente.
Se não existir coerção Estatal ou Democrática (a maioria), existirá certamente uma coerção dos mais fortes sobre os mais fracos. A coerção pode ser institucionalizada, como também o pode não ser. Eu defendo um estado de direito, e num estado de direito existe sempre coerção. Como é que impedes alguém de roubar outro? Pela coerção. Como impedes alguém de violar outrem? coerção. Como impedes alguém de censurar a liberdade de expressão a outrem? Coerção. Os próprios mercados necessitam de coerção e são instrumentos coercivos. Uma empresa que tenha mais poder de mercado é um agente coercivo sobre os agentes com menos poder de mercado, ou seja as pessoas com mais poder económico aplicam a coercividade sobre os com menos poder.
A escassez é um tipo de coercividade.
O ter um patrão também.
Gostava que clarificasses o teu conceito de coercividade, porque isso assim é muito lato.
"sinceramente não percebo o primeiro argumento. misturas economia com politica e com justiça."
Exacto, não poderemos abordar áreas da sociedade que estão interligadas de uma forma muito intensa, de uma forma isolada. Eu compreendo a sociedade como algo interdisciplinar e como um fenómeno transversal a todas as áreas das ciências sociais e económicas. Não poderemos abordar a sociedade sem política, sem recorrer à história, sociologia, direito, economia e até psicologia. Estas disciplinas estão interligadas no que toca a compreender o fenómeno social.
Eu percebo que os ultra-liberais não compreendam este método de análise da sociedade, porque ele é marcadamente marxista, aliás nasceu com o próprio, é uma método demasiado holístico para ultra-liberais.
"o poder total cujo poder é atribuído através de uma maioria."
Hás me explicar o que é o conceito de poder total, e o que é um poder total num contexto de Democracia. Acho esse conceito demasiado exótico pelo menos à luz do Direito. Poder total o que é isso? Quem é que o tem? e porquê? nunca ouvi falar em tal conceito.
"pragmática porque analisando os serviços públicos, estes perdem quase sempre para os privados, prejudicam as pessoas mais pobres, e tornam-se impraticaveis de sustentar sem se aumentar impostos, tal é a situação que vivemos agora."
À conta desses serviços públicos, a nossa mortalidade infantil é menor que nos Estados Unidos. À conta desses serviços públicos, Portugal tem uma esperança média de Vida maior do que os Estados Unidos.
À conta desse serviço público, pessoas que não tinham rendimentos poderam ter instrução universitária e por aí fora.
Os mesmo não posso dizer do mercado-livre, que nos últimos anos só fez aumentar a especulação financeira, problemas ambientais, exploração dos trabalhadores na ásia, privatização de rios em países terceiro mundistas, onde as pessoas morrem à sede, precarização laboral ect.
Pragmaticamente sou a favor da regulação dos mercados e sou anti-liberal, e a favor de uma economia democrática e social, e de uma democracia social.
Basta de anomia financeira, e caos económico.
E este caos económico tem a conivência dos Estados, e ajuda esse mercado a ser desresponsabilizado.
O Estado que eu defendo não ajuda os mercados a serem irresponsáveis, mas responsabiliza-os pela actuação no mercado e pelos danos que poderão causar na vida das pessoas e no ambiente social.
"o estado em vez de oferecer um serviço universal, oferecia bolsa aos alunos que não tinham condições para pagar os estudos"
ResponderEliminarCompletamente contra. Aqui se vê as nossas diferenças no que toca à educação, e como vê-mos a instrução. A educação é um bem que não pode ser mercantilizado, é uma responsabilidade pública e deve ser de acesso livre, é uma questão de igualdade de oportunidades.
As bolsas de Estudo são uma acção que financia directamente os privados, eu sou contra o financiamento de privados para os mesmos executaren uma função social. A função social é uma responsabilidade do Estado, da sociedade, não é dos privados. Além disso o sistema de bolsas poderá ser mais dispendioso que uma rede de ensino pública universal, porque experiências desse gênero já foram feitas com os hospitais semi-privados, que foram um buraco autêntico, gastou-se mais.
Para existirem bolsas de estudo por parte do Estado tem de existir impostos, isto contraria um pouco a tua ideia "os impostos são coerção", existe aqui uma incoerência.
Eu não sou contra os impostos, além de admitir que eles são uma coerção, mas é uma questão pragmática, realista, num mundo em que o modo de produção capitalista provoca desigualdades tão extremas e pouco naturais.
Se existisse um mercado social descentralizado, em que se baseasse num controlo democrático dos meios de produção, onde existisse uma ligação entre associações de consumidores e associação de productores, onde existisse os produtores individuais e uma sociedade baseada nas pequenas e micro empresas e pequenas propriedades.
Nesse, caso uma intervenção do Estado forte na economia não seria legitima. Agora perante, uma sociedade da grande propriedade, de monopólios privados, desigualdades extremas e não naturais, de concentrações populacionais nas cidades, de problemas ambientais, deve existir impostos, e deve existir uma forte intervenção do Estado.
miguel cheguei à conclusão que não se pode discutir contigo. torna-se cansativo ver respostas aos meus argumentos que não acrescentam nada, que ocorrem de erros de lógica, que derivam noutros aspectos ou acabam em slogans socialistas.
ResponderEliminarvou só saltar à ultima parte, à questão da educação. Levantei uma questão prática, perfeitamente realizável e tu vens com um discurso ideológico falhando qualquer tipo de análise, mas afirmando logo desde o inicio seres COMPLETAMENTE CONTRA. Disseste que isso foi feito em hospitais semi-privados (ou eu não me expliquei bem ou tu usaste mais uns dos teus argumentos que não tem nada a ver) e salientaste que para financiar tal coisa era preciso impostos, e como eu me manifestei contra impostos, o exemplo que utilizei não é bom. Esta falácia deve ter um nome de certeza, de tão recorrente que é. A tua ideologia cegueta deixa-te de teres a capacidade de conseguir analisar um sistema que afecta aqueles que tu supostamente defendes: os mais pobres. Ver como é o ensino nas piores escolas públicas é triste, principalmente na primária. A coisa melhora a partir do 9º ano, e depois na faculdade, mas aí é quando já está feita a "seleção natural" dos alunos e as elites já estão confortáveis. Depois a forma como o estado trata os professores parecedendo peças de xadrez movendo-os à luz dum sistema completamente aleatório, e depois ainda sujeitos a uma avaliação sinistra e injusta.
a qualidade dos professores recentemente formados tem descido (facto que acho bastante preocupante) e que está em parte relacionado com a subsidiação do ensino. Actualmente um sistema de ensino em que não existe flexibilidade, sujeito às ordens do governo, e em que o mérito não é reconhecido faz com que a profissão de professor perca a sua importância. E grande parte das pessoas que vão para professores, não vão pela paixão, vão pelas baixas notas, pela facilidade, e por no final ao menos terem uma licenciatura.resulta em professores cada vez menos preparados, com menos paixão e que vão ensinar a próxima geração.
isto são tudo factos do ensino, há muitas mais coisas que podemos analisar mas isso não interessa porque implica grandes esforços para repensar a tua ideologia. E é preferível uma ideologia que funcione no papel do que uma que falhe completamente na prática.
p.s.- vai ver o significado de coerção. uma pessoa com fome tem sempre escolha, por mais cruel que isto possa parecer, e que provavelmente te vai causar mta indignação eu ter dito isto.
http://www.youtube.com/watch?v=_L2l-MA-8Dk&feature=player_embedded
ResponderEliminar"A tua ideologia cegueta deixa-te de teres a capacidade de conseguir analisar um sistema que afecta aqueles que tu supostamente defendes: os mais pobres."
ResponderEliminarEu defendo uma educação pública, porque penso que o acesso à educação deve ser livre e gratuito, e independente dos rendimentos que se tenham, podem ser pobres ou ricos, mas têm um direito enquanto cidadãos, o direito à educação. NÃO QUERO UMA EDUCAÇÃO SÓ PARA POBRES, QUERO UMA EDUCAÇÃO PARA A CLASSE MÉDIA TAMBÉM. Porque infelzimente não só os pobres que sofrem, é também a classe média.
Uma coisa é crítica e pensar uma escola pública diferente e rejeitar muitos dos aspectos desta, o modelo de avaliação, a governamentalização, falta da autonomia das escolas públicas ect, outra coisa é ser a favor da mercantilização da educação e do difícil acesso da maioria dos cidadãos a essa.
1- não existe educação gratuita. isso é uma falácia, que infelizmente também está presente na constituição.
ResponderEliminar2- o direito à educação também é uma falácia. Basicamente é dizer que uma pessoa tem direito a um serviço pago por outras pessoas. Isso não constitui um direito. É o mesmo que dizer que as pessoas têm o direito ao transporte, e o estado oferecer carros a toda a gente, à custa das outras pessoas.
3- Incrível como pessoas que acham que se deve taxar conforme a riqueza das pessoas, quais robin hood, crêem também que os mais ricos devem ter acesso a serviços, mesmo que nunca os venham a utilizar.
4- Em que sentido a mercantilização da educação torna difícil o acesso à maioria dos cidadãos? mais uma falácia. A mercantilização da comida torna difícil o acesso à maioria dos cidadãos? O contrário no entanto é verdade. A não mercantilização da comida torna dificil o acesso à maioria dos cidadãos, para além de criar vários tipos de injustiças.
5- pensar uma escola pública diferente é estarmos dependentes dos burocratas e dos políticos, da sua competência e da sua vontade e de dinheiros públicos normalmente muito mal geridos. nada mais és que um conservador que pensa em moldes ligeiramente diferentes do que acontece actualmente...