segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

José Barata Moura - Vamos brincar à caridadezinha

2 comentários:

  1. Este tipo é um oportunista!
    Foi às suas mãos como reitor recém-eleito da UL que foi sufocado o que restava ainda do vigoroso combate estudantil contra o aumento de propinas.
    Foi ele o responsável pela privatização dos estacionamentos na UL, um comunista mentiroso e oportunista, privatizou o que pôde, serviços das cantinas, abriu a porta à privatização do ensino, consolidou as políticas de direita, é um aldrabão oportunista!
    Aliás, quem o viu recentemente no programa Prós e Contras da rtp1 reparou como não se compromete, como fica a empastelar no discurso sem nada dizer.
    OPORTUNISTA CÍNICO!!!

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  2. Quanto ao conteúdo das letras (e não o carácter do cantor/compositor que não penso que tenha sido o sentido deste post) tenho vários exemplos da caridadezinha que gostaria de partilhar, por causa do seu carácter paradoxal:

    Nos nossos maravilhosos média e noticiários têm-se feito várias exortações à fantástica actividade de caridade.

    Desde documentários enormes com entrevistas às doações que se fazem, em que dão de uma tour de mil concertos um para a caridade, em que alguém que ganha milhões dá 10 euros e roupa, em que uma pessoa de grande família vai à "cidade" dos pobrezinhos (favela), em que se arriscam a ser roubados por isso, projectos de grandes empresas/multinacionais que dão 1% dos lucros à caridade para os pobrezinhos.

    Um exemplo, sim senhora! Que corajosos, benevolentes, generosos! Dão do seu para a "escumalha" do mundo. Que bom! (e ouvi algo semelhante pela tv)

    Lá dizia o Saramago no Memorial do Convento, enquanto existe uma dicotomia alarmante na Idade Média, não tão distante da actualidade quanto isso:

    "(...) a portaria onde se oferecem caldos, é difícil morrer de fome em Lisboa"

    Enquanto isso a Igreja come e nada em doações da realeza. Que bom.

    Chegou ao cume de estar a ver uma notícia em que o subtítulo era "A doação de brinquedos e roupa são feitas". Após a filmagem da casa de uma família com muitos brinquedos e coisas materiais valorosas que muitos nem em sonhos, ouve-se uma menina "ah, eu quero dar este brinquedo" (assim vai para o Céu). Que bom. Finalmente, quem aparece? Ah, pois bem, o nosso querido António Mexia a dar uma camisa. Que generoso.

    O mesmo acontece com os empresários de multinacionais.

    Eles roubam, fazem truques, não pagam impostos, usam os trabalhadores a salários pequenos, são "maus cristãos". Mas que importa?! No final contaram ao padrezinho o que tinham feito e deram brinquedos e 3 peças de roupa. Que generosos absolvidos!

    Digam-me, se estas notícias nao sao compradas, são o quê?!

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